Príncipe Negro

Em um jardim, o jardineiro deve considerar várias coisas, são tantas, talvez por isso ele passe muito tempo sozinho e em silêncio.

Uma dessas considerações envolvem uma roseira da espécie Príncipe Negro, cujo os botões são vermelho escuro aveludado.

O pé foi recentemente cortado e esta brotando à olhos largos.
Nesse processo as vezes um botão floresce e se torna flor.
O belo é pesado para o fino broto.

Dizem que não se deve arrancar flores no seu auge, porque o belo é acompanhar o ciclo de vida dela.

Então o Jardineiro decide cortar. Considerou que a flor é bela, e que lá no jardim, sua beleza caída poderia ser ofuscada. Cortada e colocada em um belo jarro no centro de mesa ou no canto da sala, talvez possa reluzir sua beleza rodeado por pessoas que a apreciem. E ainda sim acompanhar o ciclo de vida dela.

Assim somos nós no jardim. Somos retirados porque seremos apreciados de perto.

O Espírito Santo só habita onde haja luz.

De forma semelhante são as boas memórias.

O Deivão foi tirado do jardim das nossas vidas.

Não tem problema apesar dessa dor,
a beleza da memória de quem nos amos,
sempre será eterna em nosso corações...

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