Príncipe Negro
Em um jardim, o jardineiro deve considerar várias coisas, são tantas, talvez por isso ele passe muito tempo sozinho e em silêncio. Uma dessas considerações envolvem uma roseira da espécie Príncipe Negro, cujo os botões são vermelho escuro aveludado. O pé foi recentemente cortado e esta brotando à olhos largos. Nesse processo as vezes um botão floresce e se torna flor. O belo é pesado para o fino broto. Dizem que não se deve arrancar flores no seu auge, porque o belo é acompanhar o ciclo de vida dela. Então o Jardineiro decide cortar. Considerou que a flor é bela, e que lá no jardim, sua beleza caída poderia ser ofuscada. Cortada e colocada em um belo jarro no centro de mesa ou no canto da sala, talvez possa reluzir sua beleza rodeado por pessoas que a apreciem. E ainda sim acompanhar o ciclo de vida dela. Assim somos nós no jardim. Somos retirados porque seremos apreciados de perto. O Espírito Santo só habita onde haja luz. De forma semelhante são as boas memórias. O